Curiosidades
Curiosidades da Língua Portuguesa
Alfacinhas vs Tripeiros
AS DIFERENÇAS de palavras e expressões entre as duas maiores cidades portuguesas, Porto e Lisboa, já não são novidade mas ainda podem confundir muitos alfacinhas.
Na Invicta.
Na Invicta.
- nem vale a pena pedir um "bitoque", porque a expressão pura e simplesmente não existe;
- uma "imperial" chama-se "fino" e em vez de pedir uma "bica", o melhor é mandar vir um "cimbalino". O fino tem a ver com o copo em que é servido, um copo alto. Imperial é uma marca de cerveja que se especializou na cerveja servida a copo;
- o 'cimbalino' também tem a ver com uma marca, Cimbali, de máquinas de café;
- para beber um garoto, peça um "pingo",
- "molete" é pão;
- uma sandes pronuncia-se sem o "s";
- para problemas de canalizações, o melhor é chamar o "picheleiro" (canalizador);
- uma "sertã" é uma frigideira;
- um "testo" a tampa da panela;
- um "boeiro" uma sargeta.
- um "bico de pato" não é nenhum prato típico do Norte, mas antes o tradicional pão de leite;
- para pendurar a roupa no armário usam-se "cruzetas"(cabides);
- um "aloquete" é um cadeado;
- "vem para a minha beira", quer dizer "vem para ao pé de mim";
- se alguém lhe perguntar as horas não diga "falta um quarto para as duas", mas antes "duas menos um quarto";
- numa loja de desporto, compre "sapatilhas" (ténis);
- no Porto, o WC é um quarto e não uma casa;
- "alcagoitas" ou "ervilhanas" são "amendoins";
- o "feijão-frade" tem o nome de "ciclista" ou "feijão-sacana";
- se alguém o mandar comer "alpista", não se ofenda, é apenas uma expressão, tal como "vianda", que signica "arroz";
- os miúdos são "gaiatos";
- "bogalho" é um berlinde;
- "martins" é um martelo;
- um gelado é um "rajá" e um "alperce" é uma "cabeça de cobra" ou "folha de rosa";
As diferenças sempre existiram, até no latim porque os romanos vinham de zonas diferentes.
Ir além das suas sandálias
Esta expressão usa-se quando alguém dá um palpite numa área que não é a sua, achando que tem conhecimento para algo quando não o tem.
A origem deste dito remonta ao escritor latino Plínio (23-79 d.c.), que imortalizou o pintor grego Apeles, habitante da Jónia no século IV. Plínio contava que Apeles tinha o hábito de exibir os seus quadros à porta do ateliê e de se esconder, ouvindo os comentários dos que por ali passavam.
Certa vez, passou um sapateiro, que criticou a forma como uma sandália estava pintada. No dia seguinte, ao passar por ali de novo, o sapateiro notou que a pintura da sandália tinha sido alterada. E, de ego inchado, teceu nova crítica, desta vez à perna da figura. Então Apeles saiu do sítio onde estava escondido e disse: "Não vá o sapateiro além das suas sandálias". Como quem diz: cada um fale apenas do que sabe.
Revista A origem deste dito remonta ao escritor latino Plínio (23-79 d.c.), que imortalizou o pintor grego Apeles, habitante da Jónia no século IV. Plínio contava que Apeles tinha o hábito de exibir os seus quadros à porta do ateliê e de se esconder, ouvindo os comentários dos que por ali passavam.
Certa vez, passou um sapateiro, que criticou a forma como uma sandália estava pintada. No dia seguinte, ao passar por ali de novo, o sapateiro notou que a pintura da sandália tinha sido alterada. E, de ego inchado, teceu nova crítica, desta vez à perna da figura. Então Apeles saiu do sítio onde estava escondido e disse: "Não vá o sapateiro além das suas sandálias". Como quem diz: cada um fale apenas do que sabe.